sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cinema - The Rope (1948)

Aos leitores que leram meu último post, tiveram a oportunidade de ler uma famosa frase, do grande cineasta britânico, Alfred Hitchcock.

Hitchcock, diretor e produtor de dezenas de filmes, foi um marco na história do cinema. Até hoje seus filmes são muito bem posicionados em vários rankings do âmbito, como o Top250 do Internet Movie DataBase, onde duas de suas películas estão entre os 30 primeiros.


Os filmes de Hitchcock, tem em suas características principais, serem realistas, como janelas pela qual possamos tomar conhecimento de determinadas realidades, ou certas formas de pensar ou viver. Hitchcock era um fervoroso católico, e sempre deixava claro que suas atitudes, portanto também suas produções, eram correspondentes à sua Fé.

"Minha atitude diante da vida responde, como é natural, à minha formação e minha Fé. Não faço cinema deliberada e concretamente católico, porém me parece, que ninguém duvidará de que meus filmes foram feitos por um católico." (Hitchcock em entrevista por Carlos Fernández Cuenca, Festival de San Sebastián, España, 1958).

Uma de suas mais aclamadas produções, foi este thriller de 1948: The Rope, o qual chegou aos cinemas brasileiros sob o título de "Festim Diabólico".

The Rope, marcou o cinema de Hitchcock, sendo sua primeira película colorida, tratou-se também de um desafio, o qual foi belamente vencido. Sua gravação foi feita em plano-sequência, ou seja, em tomadas contínuas de 4 a 10 minutos cada. Em toda a gravação, houveram apenas oito cortes, e foram editadas de forma a possibilitar ao expectador, de que o filme fosse uma sequência perfeita, sem pausas de gravação. Sensação esta, potencializada pelas ótimas atuações principais de James Stewart, John Dall, Farley Granger, Edith Evanson e a lindíssima Joan Chandler.

O filme em si, é uma obra de arte incrível. Além do mais, a mensagem que este nos passa, é também mui rica. O roteiro nos faz pensar sobre o impacto das idéias na sociedade: a história circunda um assassinato premeditado, e baseado em um má filosofia, pela qual os "super-homens" teriam liberdade de destruírem outras vidas, as quais consideram fúteis para a sociedade e o progresso. Os assassinos, inspiram-se nas obras do pensador ateu Nietzsche. Teorias estas, que durante a película são postas à prova, pelo professor Rupert Cadell (James Stewart).

Hitchcock, nos faz pensar: se uma má filosofia, pode conduzir dois jovens inteligentes e universitários a cometer tão medonho crime, o que não faria uma má filosofia, se controlada por homens impiedosos fosse imposta massivamente a homens sem formação?

Para os interessados, os links de como adquirir ou assistir a obra estarão logo abaixo.

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