terça-feira, 23 de junho de 2015

Rede Globo: inimiga da Polícia Militar

Na noite de 22 de junho, o Jornal Nacional da Rede Globo trouxe novamente a público o caso do carioca Amarildo, desaparecido há dois anos atrás. Seu desaparecimento está associado a um possível assassinato por homens da Polícia Militar do Rio de Janeiro, acusação esta que ainda não possui provas para embasá-la. O meu bom senso julgou a reportagem do Jornal Nacional desta noite como péssima para a Polícia Militar do Rio de Janeiro, autêntica representante da Segurança Pública dos cidadãos de bem daquele estado, das Polícias Militares de todo o Brasil, e, consequentemente, para os cidadãos de bem de nosso país. Alguns, instintivamente podem acusar-me de querer iludi-los de que a P. M. do Rio é imaculada. De que as Forças Policiais Militares são santas, e de que o crime do Amarildo deve ser esquecido. Não. Explico-me.

O fato de eu julgar esta reportagem péssima para os citados, diz respeito única e exclusivamente à desproporcionalidade injusta dela. Vejamos: o Jornal Nacional iniciou tratando do "caso do Amarildo", relembrou a história e as reportagens feitas há dois anos, e durante cerca de quinze minutos, ou seja, quase um terço de seu tempo na TV, tentou de maneira impulsiva provar o quão culpados são os Policiais envolvidos no caso. Usou de recursos caros, como a dramatização computadorizada em 3D, opiniões de peritos criminais, etc. Foi até órgãos responsáveis pelas investigações e trouxe a público documentos do processo ainda corrente como se praticamente houvesse sido terminado com o veredito: os Policiais, monstros e assassinos são os culpados.

Sabemos que nosso país atualmente atravessa uma crise terrível como talvez nunca tenha passado. Crise política, econômica, educacional, e pior, uma crise moral. Fatos terríveis como uma corrupção institucionalizada têm sido detalhados dia-a-dia. Ex-presidentes, políticos de alto escalão, e grandes executivos têm sido ligados a crimes horríveis, que em qualquer outra sociedade mais sã, seriam culpados de lesa-Pátria. E nosso Jornal Nacional, ou melhor, o Jornal Nacional da Rede Globo acha mais interessante abordar quinze minutos de seu curto tempo diário para tratar dos Policiais Militares assassinos julgados em computação gráfica do Amarildo.

No nosso Brasil varonil temos quase 60 mil assassinatos por ano. Destes, 8% apenas são investigados. Há alguma ideia do quão alarmantes são esses números? Se não há, é culpa também da Rede Globo e seu Jornal Nacional. Pois em manchete, quinze minutos, e no galanteio de William Bonner iludi os telespectadores de quê os grandes assassinos são os Policiais Militares. Quando na verdade, são os vagabundos, traficantes, marginais os que fazem duas "guerras do Iraque" em assassinatos por ano em nossa terra amada. E quem combate esses vagabundos assassinos? Quem os enfrenta cara-a-cara? William Bonner na sua beca? O diretor de jornalismo da Rede Globo? Não: são os Policiais Militares. Conseguem ver a injusta desproporcionalidade agora?

Ainda há mais, e ironicamente mais. Logo após a inversão de valores nos quinze minutos dedicados a surrar e castigar a imagem de nossa honrada Polícia Militar, o Jornal Nacional dedicou cerca de três ou quatro minutos para falar de um caso ocorrido em São Paulo, uma "história feliz", onde um menino pequeno necessitava de um transplante de coração para sobreviver, e a caminho do hospital com sua mãe, ficou preso em um engarrafamento. Havendo grande chance do menino perecer ali, a mãe desesperada ligou para Polícia Militar de São Paulo e explicou o que acontecia. Imediatamente a P. M. S. P. realizou uma força-tarefa com vários policiais e apoio do Helicóptero Águia, e por imagens registradas por um policial militar em seu celular, o Jornal Nacional mostrou rapidamente o menino sendo resgatado, e colocado a salvo dentro do Hospital para receber seu novo coração, e assim, sobreviver durante o tempo que Deus lhe permitir. Foram três ou quatro minutos, onde neles menos de trinta segundos foram dedicados a mostrar a imagem ou símbolos que remitissem a Polícia Militar. Onde não foi usada computação gráfica. Onde não se chamaram peritos médicos ou criminais para analisar a boa atitude daqueles policiais. Onde não houve manchete...

É triste ver como, injustamente e desproporcionalmente a Rede Globo trabalha conscientemente para acabar com a imagem das nossas Policiais Militares. Não se iludam, policiais e cidadãos de bem com poucos minutos dedicados, mal lavadamente, a falar um pouco das boas atitudes. O que fica, o que marca, é a computação gráfica. O que se grava são as manchetes. E é nelas que a Rede Globo demoniza as Forças Auxiliares Militares.

O caso do Amarildo deve ser julgado. Os culpados devem sofrer as suas penas, e duras penas, ainda mais se estão manchando também a honra da instituição a qual deveria ser, ou procurar ser, imaculada pela luta da Segurança do cidadão de bem de nossa nação. Mas, um jornalismo medíocre, usar de tal artifício para deturpar a realidade, isso é inadmissível. Acordemos! Vejamos nosso país com quase 60 mil mortes por ano... um país que o cidadão de bem sequer pode recorrer a uma defesa justa, própria e individual, que é o direito à uma arma de fogo registrada e com porte legal sem muita burocracia. Acordemos! Lutemos contra estes que querem impor a nós uma vida medíocre, insegura e mentirosa!

Na noite de ontem, muitos brasileiros foram dormir com mais receio de confiar na viatura que verão amanhã na rua. Com mais receio em serem abordados sem nada dever. Com mais ódio a qualquer mínima aparência de "abuso de autoridade", e em contrapartida, mais ignorantes e cegos de que o verdadeiro perigo está em sua sala, quadrada ou retangular, colorida ou cinza.

Autoria: André Renato
Correções: Maria Eduarda

terça-feira, 9 de junho de 2015

[HISTÓRIA] Jorge Rinaldi, o espião soviético



A sua história parece ter saído de um livro ou de um filme de espionagem, mas é tudo verdade. Se trata da vida de Jorge Rinaldi. Comandante do partido comunista e campeão italiano de paraquedismo, preso em 1967 com sua mulher sob a acusação de ter trabalhado para a KGB na espionagem soviética, sobretudo na Espanha. Conta-se sua história no livro: Tainik: histórias vistas na espionagem soviética.



Foi verdadeiro espião? Um trapaceiro? Não se conhecerá nunca toda a verdade sobre Jorge Rinaldi, morto aos sessenta anos em Asti por um derrame cerebral. Nos anos 50, em plena guerra fria, assegurava-se que era um dos 007 mais fortes da espionagem soviética, o homem mais potente da KGB na Itália. 



Mas a sua atividade de 20 anos ao serviço da URSS foi barrada pela polícia em março de 1967, na saída de um cinema em Turim, tinha em seu gabinete escondido o último envelope com as últimas micro-mensagens cifradas destinadas a chegar em Moscou, no palácio Lubianka, na praça Dzinskj, sede da KGB. Aquele envelope deveria ser aberto apenas por Yuri Andropov, o chefe da contra-espionagem que depois se tornaria o premier da União Soviética.

Jorge Rinaldi era uma personalidade, uma espécie de Mata Hari à italiana, comunista até o fundo, ex-comandante partidário da terceira brigada Karl Marx, conhecido sob as colinas de Asti como os Negros.

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Na reportagem do Jornal ABC espanhol de 1967 se diz: "A detenção de Jorge Rinaldi, sua esposa, Angela Maria Antoniola, e Armando Girard, acontecida na quarta-feira última, dia 15, e comunicada ontem à imprensa, permitiu fechar o círculo de uma paciente investigação iniciada há seis anos. Os três confessaram. Na casa de Rinaldi os agentes encontraram as direções de espiões que trabalharam para a URSS estabelecidos em diversos países.

"Rinaldi era o chefe da rede, cujo centro funcionava em Turim. Na casa do espião italiano se recebiam e transmitiam por rádio as instruções dos trabalhos e era também o local de recolhimento de microfilmes e distribuição dos filmes [fotográficos]. Jorge Rinaldi foi um "ás" do paraquedismo e conquistou o recorde italiano em 1963, lançando-se com um paraquedas especial desde 9 mil metros de altura."

"Rinaldi conta com trinta e oito anos, descende de uma família nobre e estudou na Academia Militar de Lecce, de onde foi expulso por indisciplina. Anos mais tarde se dedicou ao paraquedismo onde foi instrutor na Suiça e Itália."