segunda-feira, 28 de março de 2016

Marchas Brasileiras: Canção da Engenharia

Letra de Aurélio de Lyra Tavares
Música de Hildo Rangel
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Quer na paz, quer na guerra, a Engenharia
Fulgura, sobranceira, em nossa história
Arma sempre presente, apóia e guia
As outras Armas todas à vitória.
 Nobre e indômita, heróica e secular
Audaz, na guerra, ao enfrentar a morte,
Na paz, luta e trabalha, sem cessar,
Pioneira brava de um Brasil mais forte.

O castelo lendário, da Arma azul-turquesa
Que a tropa ostenta, a desfilar, com galhardia
É um escudo de luta, é o brasão da grandeza
E da glória sem fim, com que forja a defesa
E é esteio, do Brasil, a Engenharia.

Face aos rios ou minas, que o inimigo
Mantém, sob seu fogo, abre o engenheiro
A frente para o ataque e, ante o perigo,
Muitas vezes, dos bravos é o primeiro.

Lança pontes e estradas, nunca falha,
E em lutas as suas glórias ressuscita,
Honrando, em todo o campo de batalha,
As tradições de Villagran Cabrita.

O castelo lendário, da Arma azul-turquesa
Que a tropa ostenta, a desfilar, com galhardia
É um escudo de luta, é o brasão da grandeza
E da glória sem fim, com que forja a defesa
E é esteio, do Brasil, a Engenharia.

Retirado do Livro Hinos e Canções Militares, Edição de 1976.

terça-feira, 22 de março de 2016

C’est la débâcle de ce monde uni...

Vista lá de cima, a terra parece nua e morta; quando o avião desce, ela se veste. Os bosques voltam a estofá-la; os vales e as colinas nela imprimem uma ondulação: a terra respira. A montanha que se sobrevoa - peito de gigante deitado - incha-se quase até o avião.

Agora próximo, o curso das coisas se acelera, como a torrente sob uma ponte. É a derrocada deste mundo unido. Árvores, casas, vilas separam-se do horizonte liso e são arrastadas atrás dele, à deriva.

Antoine de Saint-Exupèry, Courrier Sud.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Árias Barrocas: In furore iustissimæ iræ (RV 626)


De um moteto para solo soprano composto por Antonio Vivaldi em uma de suas visitas à Roma, nos idos de 1720.
Performance: Sandrine Piau.

Em latim

In furore iustissimae irae 
Tu divinitus facis potentem.

Quando potes me reum punire 
ipsum crimen te gerit clementem.

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Tradução em português:

No furor de vossa Justíssima Ira,
O Senhor divinamente exerce seu poder.

Quando o Senhor pode punir-me
O mesmo crime o faz ter clemência.

domingo, 20 de março de 2016

Marchas Alemãs: Auf der Heide blüht ein kleines Blümelein

Auf der Heide blüht ein kleines Blümelein, ou simplesmente "Erika", é uma canção militar alemã escrita e composta em 1939 por Herms Niel.

Foi uma das canções preferidas da Wehrmacht, a infantaria alemã na Segunda Guerra Mundial.

Letra original em alemão:

Auf der Heide blüht ein kleines Blümelein
und das heißt: Erika.
Heiß von hunderttausend kleinen Bienelein
wird umschwärmt Erika
denn ihr Herz ist voller Süßigkeit,
zarter Duft entströmt dem Blütenkleid.
Auf der Heide blüht ein kleines Blümelein
und das heißt: Erika.

In der Heimat wohnt ein blondes Mägdelein
und das heißt: Erika.
Dieses Mädel ist mein treues Schätzelein
und mein Glück, Erika.
Wenn das Heidekraut rot-lila blüht,
singe ich zum Gruß ihr dieses Lied.
Auf der Heide blüht ein kleines Blümelein
und das heißt: Erika.

In mein'm Kämmerlein blüht auch ein Blümelein
und das heißt: Erika.
Schon beim Morgengrau'n sowie beim Dämmerschein
schaut's mich an, Erika.
Und dann ist es mir, als spräch' es laut:
"Denkst du auch an deine kleine Braut?"
In der Heimat weint um dich ein Mägdelein
und das heißt: Erika.

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Tradução em português:

Sobre a prado nasce uma pequena flor 
E seu nome é Erika.
Milhões de abelhinhas
Aconchegam-se em Erika
Porque seu coração é doce
Um cheiro suave vem de seu vestido florido
E seu nome é Erika

Em minha terra vive uma pequena garota
E ela se chama Erika
Essa pequena é meu amor fiel
E minha alegria, Erika
Quando a flor floresce vermelho-lilás na urze
No matagal nasce uma pequena flor
E ela se chama: Erika

No meu lar também floresce uma pequena flor
E ela se chama Erika
Nos primeiros raios da manhã e no crepúsculo
Ela me olha, Erika
E parece que ela fala alto:
Você ainda pensa em sua pequena noiva?
Em sua terra uma garota chora por você
E seu nome é Erika.

sábado, 19 de março de 2016

Canções Medievais: Viva el gran Re Don Fernando


Primeira canção secular impressa na Itália (~1493).
Composta em honra dos Reis Católicos Fernando e Isabel de Castela e Aragão, foi impressa em Roma e decorada pelo Núncio do Vaticano na Espanha, Juan Ruiz de Medina.

A tomada de Granada e o fim da Reconquista pelos Reis Católicos Fernando e Isabel.

Letra original em antigo italiano:

Viva el gran Re Don Fernando 
con la Reina Donn' Isabella! 
Viva Spagna e la Castella 
pien de gloria triumphando! 

La città mahometana 
potentissima Granata 
de la falsa fe pagana 
e disciolta è liberata 
per virtute e manu armata 
del Fernando e l'Isabella. 
Viva Spagna ... 

Gran auspicio e gran impresa 
gran consiglio e gran virtute 
gran honore a santa chiesa 
a ignoranti gran salute 
gran provincia in servitute 
al Fernando e l'Isabella. 
Viva Spagna... 

Nostra fede chiascun senti 
quanto a questi e obbligata 
perche Mori non contenti 
d'Asia et Africa occupata 
in Europa debacchata 
già facevan sforzo e vela. 
Viva Spagna... 

Hora ognum fa festa e canti 
el Signor regratiando 
per tal palma tutti quanti 
dirren ben forte gridando: 
Viva el gran Re Don Fernando 
colla Reina Donn' Isabella. 
Viva Spagna e la Castella 
pien de gloria triumphando!

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Tradução em português:

Viva o grande Rei Dom Fernando
e a Rainha Dona Isabel!
Viva Espanha e Castela
cheia de glória triunfando!

A cidade muçulmana,
potentíssima Granada,
da falsa fé pagã,
está salva e liberta.
Por virtude e mão armada,
de Fernando e Isabel.
Viva Espanha! ...

Grande amparo e grande empresa,
grande conselho e grande virtude,
grande honra à Santa Igreja
grande saúde aos ignorantes,
grande província em servidão
a Fernando e a Isabel.
viva Espanha! ...

Nossa Fé que perdoem todos
a quem lhes está obrigada,
pois não contentes os mouros
da Ásia e África ocupadas
à Europa ultrajada
mandavam homens e navios.
viva Espanha! ...

Já é tudo festa e canto
ao Senhor as graças dando,
tal triunfo celebrando
todos alto vão gritando:
viva o grande Rei Dom Fernando
e a Rainha Isabel!
Viva Espanha e Castela
cheia de glória triunfando!

Marchas Austríacas: Pariser Einzugsmarsch

De autoria de Johann Heinrich Walch, sob seu ritmo as tropas austro-alemãs marcharam sobre Paris em 1814, após a segunda guerra napoleônica.